quinta-feira, 1 de maio de 2008

Mil vezes lindo!

..."E, quando notou que aceitava em pleno o amor,
sua alegria foi tão grande que
o coração lhe batia por todo o corpo,

parecia-lhe que mil corações batiam-lhe
nas profundezas de sua pessoa.

Um direito-de-ser tomou-a,
como se ela tivesse acabado de chorar
ao nascer."(Clarice Lispector)

11 comentários:

RODOLPHE SALIS disse...

Mas há a vida
que é para ser
intensamente vivida,
há o amor,
Que tem que ser vividfo,
até a última gota.
Sem nenhum medo.
Não mata.

?!....se souber de quem é o poema...ofereço o seu peso em ouro!

Socorro Meireles disse...

A Clarice é uma criatura fantástica, pertencente a uma categoria se ser humano que não se intimida em trilhar os extremos dos sentimentos:"...você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: E daí? eu adoro voar!"

P.S. O poema é da Clarice.Onde pego meu ouro?

Socorro Meireles disse...

Em Das vantagens de ser bobo, Clarice se supera:
"É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o
bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo."

RODOLPHE SALIS disse...

Krapice Licnekmop, 10 / 12 / 1920, Tchetchelnik, apesar de escrever de forma não versificada, era poeta verdadeira, pois não basta ao texto estar quebrado para ser poesia
clarice fafia poesia sem quebrar a linha. O poema que te apresentei, foi uma homenagem que o jornal de poesia, através do Padre Damázio, prestou a Clarice,´há uns anos atrás,quebrando a linha...mas o poema é de Clarice!

e porque acertaste, cara linda, daqui deste jardim á beira-mar plantado!?...envio-te o 1º carregamento d'ouro antigo, na nau Vera Cruz

Amo el canto de zenzontle
Pájaro de quatrocientas voces,
Amo el color del jade
Y el enervante perfume de las flores,
Pero más amo a mi hermano: el Hombre.

Nezahualcóyotl, 28 / 4 / 1402, Texcoco, México precolombiano

....gostaste?!...e um beijo lusitano.

Socorro Meireles disse...

Lindo tesouro Asteca. Adorei! Se chama "Mi hermano el hombre"? E o jardim a beira-mar plantado é Portugal?
Um beijo do nordeste brasileiro.
P.S. Espero próximos carregamentos.

RODOLPHE SALIS disse...

e aí vai o 2º carregamento...
Na janela olhando os bambus

Porquê cortar e fazer uma flauta?
porquê aparar para uma cana de pesca?
Murcharão ervas e flores,
eles bonitos,baloiçando sob flocos de neve.
Bai Juyi

este é pequeno...mas também valioso...e daqui...deste jardim, beijos para ti.

Socorro Meireles disse...

Adoro essas descobetas! Não conhecia nada de Bai Juyi nem da poesia chinesa. Obrigada! Agora, veja se você conhece e gosta:
O Apanhador de Desperdícios

Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água, pedra, sapo.
Entendo bem o sotaque das águas.
Dou respeito às coisas desimportantes e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos,
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.

P.S. Vê se você descobre de quem é...Ele é um tesouro para mim. Beijos

RODOLPHE SALIS disse...

e se eu descobrir....que me dá a menina em troca?!...

Socorro Meireles disse...

Pelo tamanho de desafio, se você acertar,merece um desafio de maior quilate. Prometo que vou me esmerar...

RODOLPHE SALIS disse...

...então....nascido a 19/12/1916...beirinha do rio................Cui?????a!!!!bá...criador de gado!....Memórias Inventadas i eii...quem será?M.....de B.....



manoel de barros, e agora o meu peso em....sonhos!

Socorro Meireles disse...

Eu queria trazer-te uns versos muito lindos

Mario Quintana


Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
colhidos no mais íntimo de mim...
Suas palavras
seriam as mais simples do mundo,
porém não sei que luz as iluminaria
que terias de fechar teus olhos para as ouvir...
Sim! Uma luz que viria de dentro delas,
como essa que acende inesperadas cores
nas lanternas chinesas de papel!
Trago-te palavras, apenas... e que estão escritas
do lado de fora do papel... Não sei, eu nunca soube o que dizer-te
e este poema vai morrendo, ardente e puro, ao vento
da Poesia...
como
uma pobre lanterna que incendiou.

Espero que gostes. Bjcas