segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

UMBIGO

O teu umbiguinho,

Doce ninho do meu beijo

Capital do meu desejo,

Em suas dobras misteriosas,

Ouço a voz da natureza

Num eco doce e profundo,

Não só o centro de um corpo,

Também o centro do mundo!

Quintana me surpreendendo sempre! E quando o leio, meu sentimento é que estarei diante do inesperado, do improvável, talvez, do sentimento que ele traduz tão bem: “O poema é uma garrafa de náufrago jogada ao mar. Quem a encontra salva-se a si mesmo.”

- Antologia Poética - Porto Alegre: L&PM,1997 pág.143

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

"Vivo cercada de pessoas, mas nunca somos nós mesmos na presença de testemunhas."

Divã/ Martha Medeiros - Rio de Janeiro: Objetiva,2002 - pág.10

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Divã

"... Uma vida sem sustos. É o que desejo pra mim. Não estou dizendo uma vida sem decepções, frustrações ou êxtases: sem sustos, apenas. Quero aceitar a potência dos meus sentimentos e não ficar embaraçada diante de reações incomuns. Poder receber uma ventania de pé, mesmo que ela me desloque de onde eu estava. de pé, mesmo com medo. Não mais em posição fetal."
Divã, Martha Medeiros - Ed. Ojetiva, pág 113
Foto: Jil Noberto