"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom.
Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: -quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo"
Foto: Aírton Porto
2 comentários:
Fico muito feliz com o seu comentário; Sou mãe de tr~es filhos e eles cresceram ouvindo histórias e hoje são adultos felizes e saudáveis. Olha, hoje eu coloquei o Curupira em homenagem a vocês, logo tornarei a postar o Cabeça de Cuia - também adoro esta lenda.
Voltem mais vezes, terei sempre uma história para contar.
Beijo grande
Saudações Florestais !
O dom de dizer o que só cabe nas entrelinhas... gde clarice.
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