segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Ensaios Fotográficos - Manoel de Barros

O abandono pode ser também de uma expressão que tenha entrado para o arcaico ou mesmo uma palavra. Uma palavra que esteja sem ninguém dentro. (O olho do monge estava perto de ser um canto.)
Continuou: digamos a palavra amor está quase vazia. Não tem gente dentro dela. Queria construir uma ruína para palavra amor. Talvez ela renascesse das ruínas, como um lírio pode nascer de um monturo.

Fonte:Manoel de Barros. Ensaios Fotográficos.5ª ed.Rio de Janeiro:Editora Record,2005.pg.31


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